Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, (1 Coríntios 15.3)
Não há palavra ou verdade de maior importância que o evangelho de Jesus Cristo. As Escrituras estão cheias de muitas mensagens, sendo a menor delas mais valiosa que a montante de todas as riquezas do mundo e mais importante que os maiores pensamentos jamais na mente humana. Se o próprio pó da Escritura é mais precioso que o ouro, como calcularemos quão digno e importante é o evangelho?[1] Até mesmo dentro das próprias Escrituras, a mensagem do evangelho é sem igual.
A história da criação, embora delineada com esplendor, se prostra diante da mensagem da cruz. A lei de Moises e as palavras dos profetas apontam além de si mesmos para esta mensagem singular de redenção. Até mesmo a segunda vinda, apesar de toda a sua maravilha, permanece nas sobras do evangelho. Não é exagero dizer que o evangelho de Jesus Cristo é a maior e mais essencial mensagem, a acrópole da fé cristã, a fundação da esperança do crente.[2]
Não há nada mais importante, mais útil, e nada além é necessário para se promover a glória e o reino de Deus. Emprestando a linguagem de Provérbios, nós corretamente podemos dizer do evangelho: “pois a sabedoria é mais proveitosa do que a prata e rende mais do que o ouro. É mais preciosa do que rubis; nada do que você possa desejar se compara a ela.”[3]
Sendo isso verdade, compreender o evangelho deve ser a nossa magnífica obsessão. É uma tarefa impossível, mas é digna de cada ínfimo esforço gasto
– pois lá encontraremos todas as riquezas de Deus e toda alegria verdadeira para o crente. O evangelho é digno de nos separarmos de qualquer empreendimento menor e prazer inferior a fim de que sondemos as profundezas da graça de Deus revelada nessa mensagem singular. Jó 28.1-9 contém uma bela ilustração de tal paixão:
Existem minas de prata e locais onde se refina ouro. O ferro é extraído da terra, e do minério se funde o cobre. O homem dá fim à escuridão; e vasculha os recônditos mais remotos em busca de minério, nas mais escuras trevas. Longe das moradias ele cava um poço, em local esquecido pelos pés dos homens; longe de todos, ele se pendura e balança. A terra, da qual vem o alimento, é revolvida embaixo como que pelo fogo; das suas rochas saem safiras, e seu pó contém pepitas de ouro.
Nenhuma ave de rapina conhece aquele caminho oculto, e os olhos de nenhum falcão o viram. Os animais altivos não põem os pés nele, e nenhum leão ronda por ali. As mãos dos homens atacam a pederneira e transtornam as raízes das montanhas.
Mesmo no mundo antigo de Jó, havia homens dispostos a irem aos limites mais distantes, a se privarem da vida na superfície, a cavarem através rocha sólida em meio a escuridão e trevas profundas, a arriscarem suas vidas e corpos e a deixarem nenhuma pedra sem ser examinada em sua busca pelos tesouro desta terra. Quão mais nós, que fomos iluminados pelo Santo Espírito e que experimentamos a bondade da palavra de Deus e os poderes da era que há de vir, devemos estar dispostos a abandonar coisas de menor glória na busca das glórias de Deus no evangelho de Jesus Cristo?[4] Por que, então, uma paixão pelo evangelho é tão rara entre o povo de Deus?
[1] Jó 28.6
[2] Acrópole do grego deriva das palavras akro, que significa “alto”, e polis, que significa “cidade”. O evangelho é o ponto mais alto da fé cristã, sua cidade fortificada.
[3] Provérbios 3.14-15
[4] Hebreus 6.4-5
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